O Brasil registrou 3 mil mortes confirmadas por dengue em 2024, o que equivale a pouco mais de 20 mortes por dia desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado (até a semana 20), o país tinha 867 óbitos.
Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.179. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o país registrou, nas primeiras vinte semanas deste ano, as seguintes taxas relativas à doença:
5.213.564 casos (marca inédita desde o início da série histórica, em 2000);
3 mil mortes confirmadas;
2.666 óbitos em investigação.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde era de que o país registrasse, neste ano, 4,2 milhões de casos. Mesmo antes do fim do 1º semestre, esse número já foi batido.
O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes (805), seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365). Na outra ponta, Acre e Roraima não registraram nenhum óbito por dengue este ano.
Surto ativo ainda em junho
Dados do setor privado indicam que o atual impacto do surto vai continuar no mês de junho. Segundo análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com dados de cerca de 500 mil exames diagnósticos feitos entre maio de 2022 e maio de 2024 nos laboratórios Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein e Sabin, a positividade de testes para dengue atingiu o patamar mais elevado dos últimos dois anos.
O percentual de resultados positivos foi de 34,5% na Semana Epidemiológica 19, de 5 a 11 de maio. No mesmo período de 2023 a positividade estava em 26% e em 2022, 20,5%.
G1.