A conta de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) será reajustada a partir da próxima terça-feira, dia 28, para clientes residenciais em 6,7% e deve ter um impacto de 0,20 pontos percentuais na inflação.
O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a pedido da Cemig, que tem como maior acionista o governo mineiro. O valor é 3,01 pontos percentuais maior que a inflação dos últimos 12 meses.
De acordo com o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até abril foi de 3,69%. Por sua vez, o aumento para a indústria será de 8,63%, mais do que o dobro da inflação acumulada.
A Cemig alega que o reajuste está abaixo do acumulado da inflação dos últimos cinco anos. Enquanto o valor da tarifa da companhia foi reajustado em 27%, o IPCA no período foi de 32%. A companhia também afirma que, do valor cobrado na tarifa, "apenas 25,8% ficam na empresa e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos. Os demais 74,2% são utilizados para cobrir encargos setoriais (16,7%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (20,9%), energia comprada (26,7%), encargos de transmissão (9,4%) e receitas irrecuperáveis (0,5%)".
Já a Aneel explica que o cálculo do reajuste leva em conta os custos com compra e transmissão de energia e os encargos setoriais que custeiam políticas públicas estabelecidas por meio de leis e decretos.
A Cemig é responsável pelo fornecimento de energia em 774 dos 853 municípios de Minas Gerais, atendendo a 9 milhões de residências.
jornaldelavras