Um estudo promovido pela equipe de pesquisadores do Núcleo de Pesquisa Biomédica (Nupeb), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), mostrou que mesmo as pessoas estando vestidas com roupas, o mosquito Aedes aegypti consegue sugar o sangue e inocular o vírus da dengue, zika ou chikungunya por cima das roupas.
A pesquisa foi coordenada pela professora pós-doutora em parasitologia e imunoparasitologia Joziana Barçante, do Núcleo de Pesquisa Biomédica (Nupeb), Joziana Barçante, que ganhou notoriedade durante a pandemia do novo coronavírus, quando ela e dois outros pesquisadores, conseguiram, no Laboratório de Ecologia Microbiana e Bioinformática (MEB-LAB-Ufla), sequenciar e identificar mais uma variante do SARS-CoV-2, a Ômicron, que foi classificada como Variante de Preocupação, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Agora a professora Joziana apresentou este estudo através do qual mostra que o mosquito Aedes aegypti consegue picar as pessoas por cima da roupa, inclusive, aponta que 75% das picadas ocorrem dessa forma. A equipe do Nupeb mostrou que o mosquito se adapta às situações.
A fêmea do mosquito Aedes aegypti, após a cópula, precisa de sangue para reproduzir. A professora Joziana Barçante filmou três fêmeas que havia cruzado com um macho em laboratório pousando em seu jaleco, procurando na trama no tecido, um local que possibilitasse a elas introduzirem seu aparelho bucal através de um espaço e começar a sugar o sangue, quando consegue, percebe-se que seu abdômen começa a encher de sangue, esse processo é denominado de hematofagia.
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